quarta-feira, 24 de agosto de 2011

juventude eterna.

adoro conversar. algumas conversas, por menos pretensas que pareçam, revelam fatos que tem tudo a ver com a situação que eu passo. hoje com dois colegas, concluí que poder e juventude estão ligados. o jovem e imaturo tem uma força que vem de dentro, ele não se importa com nada, nada de mal pode atingi-lo, ele tem tudo o que quer. na mesma hora eu pensei em mim mesmo. eu venho tendo tudo o que quero, claro, e talvez isso esteja relacionado com a minha juventude e imaturidade. só agora, que estou amadurecendo aos poucos, me dei conta disso. e tenho medo de perder a minha autoconfiança, de trocar isso por experiência e acabar com medo de correr atrás do que quero para ficar seguro. eu não quero segurança, eu quero perigo. eu quero sempre conseguir atingir os meus objetivos, como tem acontecido. eu não vou amadurecer, não vou mudar. sou uma criança mimada, e quero muito, quero tudo. não preciso de sorte. preciso apenas que o fogo da minha juventude eterna continue caminhando comigo. amém fashion.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

como a amy fez.

eu não sou nada do que eu pensava que era. eu não sou nada do que eu pensava que era. eu fico repetindo coisas pra mim dia e noite, está surgindo uma pessoa com a qual não sei lidar. e entretanto eu continuo o mesmo; e não tem ninguém na minha frente que eu possa falar sobre os meus problemas e receber conselhos, eu sinto que eu deixo o meu trabalho me sugar só pra eu ter pra onde fugir, mas agora o clima aqui pesa tanto que eu não tenho como fugir. nem pra casa, nem pro trabalho, nem pra pelotas, ou pra lugar nenhum, o problema está aqui dentro de mim, e tudo que acontece, notícias de jornal, novelas, comentários, parecem sinais escancarados que dizem "dá um tiro na cabeça duma vez". estou começando a aceitar que posso ser outra pessoa e não me incomodar com nada que me incomoda hoje, mas esse pensamento me incomoda e eu começo a odiar a nova pessoa que eu estou quase me tornando. mas nada me tira da cabeça que eu nunca fui tão feliz como nos últimos anos. amy morreu e pelo que eu vejo, ela aproveitou tudo o que podia e até mais, ela cruzou todos os seus limites. faça pelo seu coração, faça só pra sentir alguma coisa, faça isso, faça isso do jeito que a amy fez. a guerra na minha cabeça continua.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

lar.

talvez todos os meus princípios estejam errados e não funcionem mais pra mim. talvez ninguém possa me entender, ou eu esteja confundindo meus sentimentos. estou em um terreno diferente, uma área que eu vinha desprezando e julgando como inviável para mim, mas é tarde demais e estou aqui. em um relacionamento sério. o esforço que venho fazendo pra não foder com ele é enorme, admito, controlar os meus instintos animais não é tão fácil quanto eu pensava, e eu posso estar só perdendo tempo, em algo que não é pra mim. entretanto, tenho a sensação que vale a pena arriscar tempo (e tempo é o que eu menos tenho no momento). eu encontrei um lar nos braços dele, depois de tantas noites por aí, nas rodoviárias de todo o estado, sozinho e com frio. e não estou me fazendo de vítima nem reclamando, oras, eu fui atrás de putaria em outras cidades e sabia que ia acabar a noite em um ônibus pra voltar pra casa, apenas descrevi como me senti porque ele me faz assim. ele me aquece, ele tá derretendo o bloco de gelo em que eu me tornei. talvez o defeito dele me afaste, talvez ele mude os meus defeitos. não vou negar que me sinto um tanto vazio e perdido sem a minha adrenalina noturna, minhas metáforas brilhantes, meus jogos criativos, mas talvez toda a vida errada que eu imaginei pra mim seja realmente errada pra mim. talvez eu não seja tão diferente assim e só precise de um lar. o lar que encontrei nos braços dele.

domingo, 24 de abril de 2011

os anos de vidro.

faltava tudo. faltava juízo, bom senso, atitude, frieza e sentimento. era muito fácil se apaixonar pelo que era belo, porque naquela idade pra mim as coisas mais belas não poderiam ser feias por dentro. o que me restou de saldo foi uma grande amiga, e uma grande frieza por dentro. era como se eu tivesse me livrado de um grande labirinto sem fim, e tivesse entendido um pouco melhor como funcionava o meu coração. eu tentei mais do que tudo satisfazê-lo, em 2007. mas você tem que cuidar para que ele não se torne uma criança mimada. assim como as crianças, os corações nunca obtém satisfação.
terminou o ano e passou todo o ano seguinte. aí eu entrei de cabeça em tudo. achei que estivesse pronto, e fiz tudo o que sentia vontade de fazer. como já disse várias vezes, aquele foi o melhor ano da minha vida, por que foi o ano em que mais experimentei sensações novas. com elas, um gostinho de amor. sem conseguir satisfazer novamente meu coração que estava descontrolado com tanta coisa, eu surtei e resolvi deixar meu cérebro tomar conta pelo ano seguinte. mas congelar o coração só aumenta as necessidades dele, o vácuo.
então passou todo o ano em que mais me protegi na vida, ferindo diversas pessoas. aí pensei que finalmente estivesse pronto para deixar que o meu sentimento me dominasse, e errei novamente, mas agora já sei quais foram os meus três erros: foi pensar que controlar o sentimento é tão fácil quanto controlar o impulso. aí me assustei, com medo de cair numa furada como em 2009 e 2007. fugi e me enclausurei em uma cidade que jamais vai me fornecer a minha outra parte, tentando encontrá-lo pela internet. porque agora chegou o momento crítico. eu não consigo mais me satisfazer com garotos perfeitos por uma noite; eu não consigo mais me satisfazer com sexo, seja bom ou ruim. a minha lista de ficantes não me orgulha mais como antes e os meninos que poderiam ser perfeitos pra mim mas estão distantes, apenas me angustiam. uma bomba-relógio grita pra mim que é agora ou nunca. meu destino me aponta um menino que pode ser perfeito, mas há riscos e se eu não medir o coração e a razão eu vou pôr tudo o que tenho a perder. não tem mais tempo de sair procurando outro, eu não quero outro, eu quero ele, e sei que essa é a última cartada possível para me salvar de uma existência vã, fútil e vazia.

sábado, 9 de abril de 2011

saviour.

ultimamente eu tenho ouvido muitas músicas que falam em salvação. acho que preciso ser salvo. voltei a fazer tudo errado, me sinto perdido e sozinho, não sei como vim parar aqui e nem por quê, só quero sair. meus olhos ardem o tempo todo como se eu estivesse cortando cebola, mas eu nunca corto cebola, eu nunca faço nada, eu me sinto estagnado e me apego ao meu trabalho como se fosse um amparo. e chego em casa sentindo uma pontada de desespero, uma ânsia de que algo aconteça e me tire da areia movediça. estou afundando a cada minuto, estou envelhecendo, engordando e perdendo os amigos, me sinto na beira de um surto, como se bastasse uma brisa pra me empurrar pro fundo. é contraditório, pois você acha que não pode chegar ao fundo quando já está lá. você pensa que não pode ficar pior, mas pode, e se você não fizer nada para melhorar, vai piorar. a questão é que eu NUNCA faço nada pra sair do abismo mental em que estou, e as coisas boas acontecem e eu penso que estou no topo, quando na verdade tudo é uma mentira. parece que todos estão me julgando e me agredindo sem parar. na verdade ninguém está me dando patadas. parece que estão, por causa da falta imensa que eu sinto de um pouco de afeto.

domingo, 3 de abril de 2011

o que você quer de mim?

a agonia de dormir sozinho é uma das coisas que mais doem. assim como o álcool que aos poucos abandona a mente, a sensação de que a noite está acabando invade o corpo e causa desespero. o desespero daqueles que pensavam que tudo estava bem, mas enfim descobrem que não são nada além de um pedaço de carne a mais. na realidade todos são, não há do que se queixar, eu só achei que com uma pessoa pudesse ser diferente. todos querem ser salvos mas ninguém salva ninguém, é uma putaria que toma conta do mundo e todos aceitam como se fosse uma verdade universal, e no final todo mundo fica sozinho a procura de alguém pra transar, sem se importar com o que as pessoas querem na realidade. o que querem de mim? meu corpo, minha beleza? isso não é tudo o que eu tenho a oferecer, eu sei que posso ser muito mais, mas o que eu ofereço as pessoas não querem. carinho, compaixão, ninguém precisa disso, todo mundo quer um buraco pra meter o pau. alguns querem um pau, claro, um pau bem grande e grosso, uma luxúria imensurável, sem se lembrar que a noite é longa e sempre tem um final melancólico com direito a cigarros (alguns tem a sorte de comprar um carlton, outros tem que se contentar com paraguaios) e um colchão que no máximo pode oferecer conforto, é. a noite não tem muito a oferecer se você não correr atrás, e daniel não aguenta mais correr atrás, daniel quer que alguém demonstre interesse ou carinho por ele, daniel quer demais. talvez mais do que possa ser oferecido a ele.

domingo, 27 de março de 2011

útil e necessário.

todos somos únicos e individuais. até as pessoas imaginárias possuem as suas individualidades, ninguém é igual. minha personagem nicole morgan que o diga. sempre tenho conclusões magníficas, inspirado por ela. hoje estou pensando no conceito de "fazer a diferença". vamos lá: eu posso morrer amanhã, mas não quero, porque existem coisas no mundo que dependem de mim. algumas plantas que morrerão se eu não regar, algumas coisas não vão acontecer sem a minha intervenção, eu não devo morrer amanhã. doce ilusão. o mundo não vai parar por minha causa. as plantas irão crescer de outro jeito. e eu sou totalmente insignificante pro mundo, certo? errado. me contradirei novamente: reguei a planta. não fui necessário para ela crescer, ela teria crescido de outro jeito; mas fui útil. foi assim que aconteceu, regando aquela planta deixei minha marca no mundo. então, cabe a mim não dar a mínima para o fato de eu não ser necessário para nada; eu apenas fui útil, e é isso que importa. apenas os uteis serão lembrados; você verá que todos os grandes vultos foram úteis, pro bem ou pro mal, deixaram sua marca. no final das contas tudo o que importa é tomar a iniciativa, pois o flop de ser apenas um espectador no mundo deve ser a maior das frustrações.