sábado, 12 de março de 2011
enterrar os ossos.
o passado quer ser revivido. ele não aceita "já ter passado", fazer parte do ontem, ser ultrapassado pelo presente e pelo futuro. e o resultado são histórias repetidas. tudo na minha vida aconteceu pelo menos duas vezes, com pessoas diferentes, mas histórias idênticas, e mesmo tendo aprendido com os erros de antes, o meu eu do passado se liberta e quer corrigir sozinho suas furadas, sem deixar que o meu eu atual reconstrua tudo direitinho. aí só sobram histórias repetidas, com os mesmos enredos e os mesmos erros. a arte de deixar tudo o que é irrelevante e problemático no passado é fascinante e ao mesmo tempo muito difícil. dessa vez, no entanto, eu sou muito mais frio do que antes, e me sinto perfeitamente capaz de enterrar algumas pessoas e situações no passado. algumas ocasiões maravilhosas... os melhores dias da minha vida, pessoas que foram muito importantes pra mim, ficou tudo no passado. hoje tenho outra cabeça, outros amigos, apenas as pessoas em que realmente posso confiar permanecem; e as histórias por melhores que tenham sido, já aconteceram. sempre fica algo bom de cada coisa, mesmo que seja apenas aprendizado na maioria dos casos. vou construir outras histórias, de preferência com tramas diferentes das que já aconteceram, mas tão inesquecíveis quanto. e quanto as pessoas... pessoas vão e vem. sempre foi assim desde o colégio, e pra ser franco sinto muito mais falta de alguns colegas que passaram tempo comigo do que de pessoas que já chamei de melhores amigos. nesse mundo, a única coisa que posso considerar são minhas quatro estrelas. e qualquer um que tiver a proeza de se tornar parte da minha vida.
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