segunda-feira, 26 de outubro de 2009

noites de silêncio.


a cidade aparentemente está dormindo. algumas pessoas caminham pela rua fungando, provavelmente drogadas. sinto uma presença estranha que não sentia faz tempo, não faço ideia de quem seja, mas sei que não estou sozinho. é ruim morar perto de uma rua movimentada, passam carros toda hora e barulhos de cidade grande quebram o silêncio, e detesto quando isso acontece. o barulho do maldito teclado também enche o saco. meu corpo treme. bebo leite e fumo. cachorros latem. parece que ouvi meu pai sair do quarto, mas depois ouço o ronco dele, e o barulho do CPU. os cachorros não param de latir, o que será que está perturbando eles? a sala não tem luz, que divertido. me sobressaltei com o barulhinho do msn. o alisson tá lendo meus posts mas acho que ele não vai gostar desse que estou escrevendo. maldito palheiro, queria um cigarro decente. o pior é que a presença não some. lembrei das mensagens subliminares da música umbrella. por que tanto carro passa aqui às cinco da manhã? vento na janela, novo sobressalto. mais gente caminhando na rua, minha perna treme de novo. sozinho é mais chato e tem menos graça. não tem nada melhor que o silêncio e os entreolhares de duas pessoas quando estão sozinhas, mas na verdade não estão. tremi muito agora, aff. parei, me concentrei e fechei os olhos. pessoas caminhando ao longe, barulhos de carro na avenida medianeira, grilos e o vento. e a presença continua aqui.

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