quinta-feira, 22 de abril de 2010
wonderland
choveu a semana inteira. não posso dizer que eu não goste, o único problema é a chapinha. e o estado todo alagou, inclusive meu cabelo. eu e meus amigos na praça com toda aquela ventania com medo de sermos atingidos por algo no meio daquele caos. mas a adrenalina a mil, claro. que estado pequeno, todo mundo se conhece, nem tem mais graça viajar como eu tanto queria. que semana louca, saí duas vezes de casa! ainda está chovendo, mas hoje a água seria bem-vinda no meu cabelo que está um desastre. desastre. morreu um homem ao encostar numa parada de ônibus em porto alegre. um amigo dos guris morreu esfaqueado. como a vida é breve... eu poderia ter morrido quando pulei no trem, quando dormi no itaimbé, quando subia pro macondo no 22 de fevereiro. mas estou aqui, em meio ao caos e o desastre. 2012 não está tão longe de nós quanto pensávamos, catástrofes não estão tão longe do brasil. continuo aqui, em meio a essa bagunça. uma bagunça maravilhosa. nada está em seu lugar e é dever nosso colocar, por mais difícil que seja. uma confusão tão grande que até eu pareço perfeitinho comparado a esse mundo. e estou aqui, sobrevivi enquanto tanta gente morre todo dia. a vida é difícil, parece um desastre. mas cabe a nós fazer algo pra ser lembrado, trazer algo de novo, fazer um momento memorável. aproveitar enquanto pode, se divertir arrumando o caos, mudar uma coisinha mínima que seja no mundo. por todos eles que partem todo dia, por cada pessoa que morre, é dever dos remanescentes aproveitar a vida, pois aderir à depressão coletiva me parece um desrespeito às pessoas que morreram e não puderam aproveitar. eu me encontrei no país das maravilhas. porque tudo é um caos, mas é um caos maravilhoso, e depende de nós fazer a engrenagem funcionar.
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