terça-feira, 29 de junho de 2010
a maldição dos quatro dias.
cinco garotos, cada um quatro vezes. um garoto foi cinco. quebrou a maldição. ninguém passou de quatro. recordando parece que a quarta ficada de todos soou como uma despedida. a noite derradeira, mesmo os que eu não pensava que fosse terminar ali, tinha um quê de final, adeus, e foi mesmo. depois da quarta ficada houve grandes ressacas. a primeira durou cinco meses. há outro garoto que pode quebrar a maldição além do outro que já a quebrou, mas como se quebra algo que já está quebrado? eu poderia gostar dele... mais do que já gostei, e o nosso último beijo não teve aquele gosto de adeus que os outros quatro das quatro ficadas tiveram. e a quinta vez, com o único garoto dos cinco dias, com certeza não foi a última. haverá mais, e a maldição que tanto me afligia passa a ser passado. mas tem um menino que quero mais que cinco ou dez vezes. claro, meu querer é tão inconstante quanto o meu ser, amanhã posso não querê-lo mais nem pra uma vez, mas eu sinto o cheiro dele perto de mim. é proibido. e por isso se torna melhor. ninguém mais tem o que eu tenho, ninguém sente o que eu sinto, e se o fogo continuar caminhando comigo, como faz fielmente há tempos, eu terei mais do que tenho. talvez mais do que eu queira, claro, mas eu quero o difícil, o proibido, o que na teoria não posso ter. sabe, estou gostando de mim ultimamente, estou diferente, não por causa da iniciativa que adquiri ano passado, mas por causa do fogo. aprendi a usá-lo, quebrei a maldição, e nem o diabo me reconheceria agora.
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