geração de veludo.

é uma loucura obsessiva a angústia que me consome. preciso fugir, preciso esquecer, não quero esquecer, minha alma inquieta clama por um placebo que a conforte, e não dou descanso a ela. meu coração tirano exige providências, não pode ficar do jeito que está, noites mal dormidas, dias virados, olhos fundos de vampiro, um vampiro que precisa de sangue, e não encontra satisfação. um beijo casual de pessoas sem importância é como uma pastilha de nicotina para o viciado em cigarro. christina aguilera ao berrar parece que rompe meu equilíbrio, é assim que me sinto ao lembrar dos cabelos sedosos, da pele aveludada da geração de veludo. minhas dores são facilmente suportáveis quando a minha doçura some e dá lugar a uma rainha de copas do filme da alice berrando pra que cabeças sejam cortadas. garotos sejam destruídos, que o verdadeiro amor nunca exista e que o sexo seja um ato tão casual quanto um aperto de mão, que tudo perca o significado. e que eu não perca meu equilíbrio. olhos brilhantes, corpos magros, boiando pelo lago, todos mortos, um sorriso infeliz de vitória paira em meu rosto, junto com os olhos fundos de vampiro e a pele pálida, descarnada. gritem como eu gritei, sintam o que eu senti, morram todos, isso deixa de ser um subnick revoltado de msn e se torna uma ordem. fogo, consoma todos. já que eu não consigo me afastar deles, que o mal seja eliminado. silêncio. horas vazias. um lamento contido. e mais e mais silêncio. amém.

cada passo que eu dou leva a um erro, eu continuo voltando direto à única coisa da qual preciso me afastar.