segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

fazer social.


dando um tempo em posts melosos recheados de sonhos e coisas enigmáticas, estive pensando em outro assunto nos últimos dias. fazer social. cumprimentar todo mundo fingindo que gosta da pessoa, ir a festas, sair sem vontade, receber semi-conhecidos em minha casa, entre outros mil atributos de uma vida social cheia e agitada. é uma falsidade e irritação sem tamanho. tem horas que eu gostaria de apenas poder ficar em casa, no computador ou vendo filmes, mas preciso sair porque me chamam, e vão ficar chateados comigo, uma ladainha sem fim.
de todos os conhecidos que tenho, menos de dez são amigos.
de todos os amigos que tenho, poucos são amigos que eu possa conversar sobre tudo e me consolar.
e nenhum pode ser considerado o melhor amigo.
não me entenda mal, amo meus amigos, mas nenhum é aquele que sempre vai estar lá pra mim quando eu precisar, que vai comigo em todos os lugares e eu também vou com ele quando ele precisar de mim, aquele que chora no meu ombro e eu não me sinto cosntrangido em afagá-lo, aquele que, na presença dele, consigo chorar livremente sem limitações quaisquer, sejam exteriores ou interiores.
e continuo fazendo a droga do social, sorrindo pra todo mundo.
eu quero sumir e voltar depois de um longo descanso, eu quero parar de dizer a todos o que fiz, onde fui, com quem fui, eu cansei das malditas liberdades que dou a pessoas que vi duas vezes na vida, cansei de sempre responder tudo e de minha vida ser um livro aberto.
talvez seja esse o meu grande problema. não tem nada intrigante a respeito de mim. todos sabem tudo o que há pra saber. isso não me parece atraente.

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