quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

essência desordenada.

eu sou uma bagunça. uma grande confusão confusa e desorganizada. uma cabeça cheia de pensamentos e nenhuma ação. muitas preocupações com as quais não posso lidar. eu pareço estar bem, inabalável, à prova de erro. mas quem conhece o mímimo de mim sabe que não é assim; eu preciso ser consertado. sabe aquela pessoa que faz de tudo, maquina, pensa em como agir pra tudo sair perfeito e no final só faz besteira? aquela, que tem que sair pra trabalhar, desce oito andares até a garagem e percebe que esqueceu a chave do carro e tem que buscar; depois dirige até metade do caminho, lembra que esqueceu de colocar gasolina e tem que andar até o posto com uma garrafa pet pra buscar; que vai a um café, pensa em como fazer sua refeição sem pagar mico, come feito uma porca sem comida em casa e quando levanta, leva a mesa junto, além de tropeçar no balcão; e anda apressada na rua, se olha no espelho pra ajeitar a franja que está um desastre e pecha numa senhora que olha assustada. bem, essa pessoa sou eu. uma bagunça incalculável. como ele é desajeitado, comparado a seus amigos, que são educados, jeitosos, não passam pelas coisas como um vendaval, não quebram três copos ao mesmo tempo; como eles são perfeitos, sabem como agir como se tivessem nascido sabendo. e eu? simplesmente esqueci de ler o manual de instruções e agora é tarde. não consigo mudar, só cometo erros, erros e mais erros, sempre os mesmos erros, e os outros é que tem que consertar tudo por mim. eu passo meia hora fazendo chapinha pra no final uma pessoa preferir a máquina de dança do que eu. eu insisto em fingir que tenho tudo planejado, pra no final ver que tudo deu em nada, e resta aos outros recolher os cacos do que eu quebrei. egoísta ao extremo, não agradeço nada que fazem por mim sem terem a mínima obrigação, só fico reclamando e reclamando das bagunças que eu mesmo faço. eu tento esconder, mas eu sou uma confusão sem fim. nunca tomo jeito, e pareço estar falando tudo isso pra fazer tipo, mas a desordem é tanta que não consigo nem me expressar direito, é um labirinto, um quarto cheio de coisas jogadas pra todo lado, sem perspectiva de organização. acho que vou ser assim pra sempre. mas o pior de tudo não é a desordem, posso conviver tranquilo com ela - o pior é não querer mudar. isso ninguém pode consertar por mim.

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