terça-feira, 12 de janeiro de 2010

o tempo.


passa correndo. os meses se arrastam. o relógio corre. a vida passa e quando você percebe já está tarde. tarde pra dizer a alguém que o ama. tarde pra consertar os problemas que você mesmo causou. um vendaval atinge tudo e nada volta a ser o mesmo. o lugar cômodo em que eu estava foi pelos ares. não há mais aquela rede complexa que eu zelava tanto pra cuidar. e o que resta? um coração que passou do tempo que sofria por bobagens. a sorte está lançada, e o relógio corre. daqui a seis meses a vida que conheço vai ter mudado bruscamente. as pessoas que conheço agora serão apenas lembranças. os amores também. espero sinceramente que você permaneça. hoje você me disse que poderíamos ter um futuro juntos. se trabalharmos duro isso é possível, embora dependa de muito esforço mútuo. pra que pensar em algo que nem começou se teremos todo o tempo do mundo? para eu e você, sim, há tempo. mas um ciclo que começou há quase um ano atrás está muito próximo de seu fim. me purificarei. no final só importará o sangue. devo ser frio e já começar a pensar nas pessoas que amo agora como nada mais que lembranças. porque no final, todos serão. o triângulo talvez permaneça. minha fonte de alegrias, também, afinal são nove anos juntos. isso poderá permanecer. infelizmente, o resto, só lembranças. e por que estou reclamando, se a maioria deles já perdi por meu jeito insuportável de ser. não tenho o que me prenda nessa cidade. apenas o fato de que aprendi a gostar dela. é uma pena. mas o tempo passa. e está correndo muito agora.

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